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Tutorial - Supremacy 1914 para iniciantes

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1. Supremacy1914 é um grande jogo de estratégia, e como tal, não se trata de um jogo de guerra com táticas e gerenciamento tático de alta sensibilidade. É muito importante deixar claro que existem outras propostas de jogos de estratégia e de guerra. A proposta de Supremacy não é criar e gerenciar taxas e impostos, construir edifícios sofisticados e infra-estruturas complexas ou ainda, determinar quem será ou quantos serão soldados, trabalhadores, enfim. Entretanto você usará alguns desses conceitos de forma mais simples em seu benefício ou para o prejuízo de seus inimigos.



2. Das várias facetas que esse jogo possui durante a partida a de maior valor e importância para todos os jogadores é o Moral. Todo jogador depende altamente da moral e deve entender claramente como ela funciona se quiser ter sucesso em sua partida. Sem moral você não irá muito longe, mas descobrirá as limitações de um soldado frente à falta de infra-estrutura e isso não será um prazer.

Então... o que é a moral além de um simples dado técnico, uma medida? É a medida de quão bem você fornece aos seus cidadãos o que eles precisam. Simplesmente se você não alimentar, der casa ou cuidar do seu povo, eles não gostarão de você e como líder, gostarão menos ainda. Leia o manual sobre a administração de recursos para saber o que seus cidadãos querem e quanto de cada recurso eles precisam.



3. Outro importante fator em Supremacy é o comércio.
A maior parte dos jogadores novos têm uma idéia errônea de que desde que tenham uma grande força armada logo no início da partida resolverão seus problemas de fornecimento de suprimentos (vê todos os números vermelhos na barra de status superior, no alto da tela?) através da conquista de novos territórios e sozinhos. Isso está muito longe de ser verdade. Na realidade há mais de um problema com essa ideia. Não se conquista nada assim, principalmente sem planejamento. Dessa forma você só aprofundará os problemas com baixa moral e falta de suprimentos.

O fato é que existe apenas uma resposta para o problema do fornecimento de recursos, que não oferece risco para sua moral ou pior, seu país... é o comércio. O comércio é fácil de entender, não causa dano algum à moral e através dele você pode fazer amizades, que poderão te ajudar em outras situações no futuro.
É simples. Ambos ganham. Você tem boa produção de um determinado recurso (veja os números verdes) ou até de mais de um. Mas você também pode ter um déficit (números vermelhos) e o mesmo acontece com todos os demais na sua partida. O bom a respeito disso é que todos numa ronda têm excesso de alguns recursos e também déficits de outros. Você simplesmente tem de fazer sua lição de casa e descobrir quem tem o que você quer e quem quer o que você tem.

Mas como eu descubro quem precisa do que? Vamos a um exemplo: a França produz cereal em abundância, mas produz pouco carvão, ferro e madeira. Como saber o que fazer com o nosso excesso de grãos e ao mesmo tempo conseguir o que precisamos? Vamos dar uma olhada no mapa. Vemos que a Alemanha e a Grécia são os maiores produtores de carvão e Inglaterra e Austro-Hungria tem muito ferro. Isso é tudo o que você precisa para começar a oferecer o que está sobrando no seu país e pedir o que está faltando de forma que ambos se beneficiem com a troca.
Lembra-s de quando disse que o comércio te beneficiaria de outras formas no futuro? Continue lendo e você verá como.



4. Outro fator que afeta diretamente a moral e, portanto, suas probabilidades de sucesso na partida são as melhorias de infra-estrutura. Esse é um assunto sério e do qual você tem de ter pleno domínio.
Você tem de considerar que nem toda melhoria beneficiará todas as províncias e que uma determinada melhoria pode não surtir o efeito em um país, que surtiu em outro. Ou seja, elas não agem da mesma forma em todas as províncias e nem sempre a escolha de uma dessas melhorias para um país funcionará da mesma forma em outro. Não, existe uma estratégia para a construção de melhorias e você tem de usar diferentes estratégias para cada país.

Tenho uma boa regra que pode te ajudar. Por exemplo, se um determinado recurso em uma província do seu país está no vermelho, você realmente tem de construir uma melhoria para tentar tirar aquele recurso do vermelho, passando-o para o verde. Entretanto, se a infra-estrutura que você pretende construir consome um terceiro recurso, o qual também está no vermelho, de nada adianta construí-la! Você consertará uma coisa e atrapalhará outra.

Claramente essa é outra área de decisão estratégica e não simplesmente um problema de fornecimento de recursos. Que utilidade terá uma estrada de ferro se você não produzir carvão suficiente para sustentá-la? Ou uma fábrica, se você não tiver ferro, petróleo e madeira? Novamente você vê um excelente motivo para investir no comércio ao longo da partida.



5. Outro sistema mais do que evidente no jogo é o militar. Esse é o único jogo em que mesmo no início você está relativamente bem na região. Todos têm as mesmas chances e o início é equilibrado para começar algo real. Diferentemente de outros jogos desse gênero, você tem de ser preocupar muito menos com a administração das estratégias. Como foi dito no início, você não tem de controlar impostos, construções sofisticadas, fazer pesquisas ou determinar quantos trabalhadores são necessários, quantos soldados, enfim... A maior parte dessas tarefas são feitas automaticamente pelo sistema do jogo ou são completamente irrelevantes porque não estamos falando de uma simulação tática e sim de uma simulação de estratégias.

Como disse antes, logo de início você possui tropas e recursos e aqui é onde a maioria dos jogadores novos encontram a tentação... dá-lhe tentação! É claro, que devido ao caráter estratégico do jogo, há uma série de facetas que podem levar o jogador a se perder, especialmente aqueles que estão acostumados com simuladores táticos! Lembre-se esse é um simulador de estratégias.

O que poucos percebem entre os novatos é a escala. Muitos novatos são tentados a cutucar seus vizinhos, ou seja, enviar um soldado apenas a cada uma das províncias de seus vizinhos para ver o que acontece.
O problema com essa estratégia é que ela faz com que seus vizinhos parem de se envolver com o jogo e com as estratégias dele. Todos são tão militarmente capazes quanto você. Todos têm o mesmo poder e estão dispostos a cooperar para fazer desse game um real jogo de estratégia.

Outra faceta que esse tipo de jogador deixa de observar com esse comportamento é que nem todos estão focados em todas as frentes e possibilidades de batalha.
Mas o que isso significa? Significa que a maior parte dos jogadores novos chegam com a ideia de que tendo tropas e muitos vizinhos, deve defender todas as fronteiras contra todos os “inimigos” (prestem atenção naquelas aspas, elas não estão lá à toa).
Esse tipo de pensamento e forma de agir pode levar uma pessoa a acreditar facilmente que seu ou seus vizinhos distribuíram suas tropas uniformemente pelo país e que ninguém estará preparado para um assalto no estilo “blitzkrieg”, que, aliás, você planeja... ledo engano.
O seu ou seus vizinhos não só estão preparados quando vêem um rosto diferente no jogo, como estão prontos para cooperar e tomar vantagem do fato de terem suas tropas estacionadas não em seu país, mas no país de um aliado.

Outro engano que a maioria comete é pensar que tendo um grande número de províncias automaticamente terá sucesso no jogo. O número de jogos em isso aconteceu é realmente incalculável. Mas insisto, em Supremacy isso é o errado.
Não adianta ter um número grande de províncias se elas acentuam um problema levando à uma perda consistente da moral ou se tornam o déficit de um ou mais recursos ainda pior. Qualquer problema que você já tenha com a moral e a falta de recursos pode ser agravado com a conquista da província errada.
Vamos a um exemplo. Usaremos a Grécia para ilustrar.
Os gregos têm muito petróleo e decidem atacar Sfax (no Marrocos) para incorporar mais uma província e ganhar mais pontos (partindo-se do princípio de que isso é importantíssimo para vencer a partida). O ataque é bem sucedido, eles conquistam a província e sua produção de petróleo dispara! Mas há um problema... Os gregos produzem pouco cereal e agora você tem mais uma província, que precisa de grãos, mas só produz petróleo. Nesse momento você reúne todas as condições para piorar seu déficit na produção de cereais e baixar ainda mais a moral no seu país.
Boas relações comerciais poderiam te ajudar aqui... mas você detonou suas relações diplomáticas logo que a ronda começou (falaremos mais sobre diplomacia mais tarde).

Isso sem contar o preço pago pela conquista da província, que cai brusca e automaticamente tão logo você a capture. Se a moral de suas províncias já está baixa você não precisa fazer o favor a si de mergulhar de cabeça nessa situação recebendo moral ainda mais baixa no “conjunto da obra”. Um pouco de sua atenção sobre esse ponto pode evitar um jogo curto e a frustração de uma derrota precoce.

Aqui está o melhor conselho para você que está começando se quiser ter sucesso: mantenha seus soldados em casa até você saber o que, onde e como. Agir sem um plano e sem saber o que enfrentará em uma batalha é a forma mais rápida de sair da partida.



6. O elemento número um para desbloquear esse jogo é a diplomacia... isso mesmo: DIPLOMACIA!
Conhecer sobre moral, comércio e proezas militares, você não pode jogar sem eles afinal. Mas o diferencial número um em Supremacy é de fato a diplomacia.
Sem a diplomacia não resta mais nada a você do que sua própria sorte e você não precisará confiar em ninguém, mas em contra partida os demais jogadores não saberão do seu valor, enquanto eles, sendo mais experientes, saberão o valor que têm e que poderiam ter para você.

Se você estiver na Alemanha e acontecer de nunca ter tido uma relação comercial, ter escrito uma única palavra no jornal ou ter escrito a qualquer outro jogador, pode esperar que pelo menos dois de seus vizinhos estarão planejando como dividir todo o precioso carvão do seu tesouro. E é falando “baixinho”, entre eles, que estão decidindo como fazer isso.
Não tenha medo, porque certamente é lá que as boas idéias de conquista surgem e há uma razão simples para isso: eles não tem nada a temer a respeito de alguém que não representa absolutamente nada.

Em resumo as “ferramentas” estão lá para você se comunicar com os demais jogadores e há muitas formas de fazer amigos e amizades. Não é preciso nenhum esforço para pensar em algo e escrever no jornal ou enviar uma mensagem cordial ao seu vizinho. Na verdade agir como um diplomata faz com que o jogo fique muito melhor, assim como facilita tudo o mais na partida.
Aqui é onde você pode fazer acordos comerciais que realmente te beneficiarão e “trabalharão” a seu favor.

Seria muito difícil um único país conquistar a Europa toda sozinho sem ser destruído no meio dessa missão e seria ainda pior para esse jogador se aliar a uma pessoa que também pensa ser possível. Nesse ponto um pouco de observação e prudência é o suficiente para determinar quem pode beneficiar você da melhor maneira possível.



7. Outros fatores a considerar.

Depois de ter passado pelo seu primeiro jogo ou mesmo durante ele, você pode ter a impressão de que não jogou partidas suficientes. O vício nem sempre é ruim, por isso é altamente provável e possível, que em outras partidas você encontre os mesmos adversários de jogos anteriores. Sua primeira consideração deve ser a seguinte: “isso é um jogo, deve ser divertido e não pessoal.”

Sua segunda consideração provavelmente deva ser: “esse é o jogo número “x”(que estou jogando ou que joguei), será que o próximo jogo será diferente dos demais?”. É isso aí! Você pode usufruir e ter horas e horas de prazer em Supremacy1914 se você se permitir começar cada nova partida, como realmente uma nova partida!! Com a mente limpa! Você pode acabar jogando uma partida com o vizinho, que no jogo passado tomou metade do seu país com um só “golpe”. Se você atacá-lo imediatamente no início desse novo jogo, perderá a oportunidade de aprender e fazer parte de um plano brilhante para dessa vez conquistar metade do mapa, ao invés de perder metade dele.

O mesmo também acontece no sentido oposto. Não seja o tipo de pessoa que joga desonestamente e comemora isso dizendo aos quatro ventos que trapaceou com o mesmo oponente três vezes. Se você fizer uma aliança com um mesmo jogador em três oportunidades e em todas elas quebrar seu compromisso atacando-o, são grandes as chances dele jamais voltar a se aliar a você. Na verdade você provavelmente deveria fazer um seguro de guerra, porque o jogador a quem você traiu compreensivelmente estará sempre desconfiado.
Existe inclusive a possibilidade dele esquecer que isso é um jogo e caso o conheça pessoalmente, querer resolver a questão de outra forma.
Obviamente e de fato, nessa situação a maior probabilidade é de que no momento em que sofrer um ataque ninguém ofereça ajuda para te socorrer, uma vez que você definiu um padrão e todos estarão avisados a respeito do seu costume de quebrar uma aliança atacando o aliado.

Bom, minha contribuição e meus conselhos para os novatos em Supremacy1914 terminam aqui. Espero que gostem. Esse é um jogo magnífico.

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